Atividades de Educação Especial para Utilizar Em Sala de Aula
1 - Todos Juntos Aprendendo com as Diferenças
Com o auxílio de figurinhas de revistas em quadrinhos,
inicie perguntando aos alunos se eles conhecem 2 seres vivos iguais. Assim como
os personagens de quadrinhos, nós seres humanos temos características que nos
diferenciam uns dos outros. Se alguém citar os gêmeos idênticos, lembremos das
diferenças de temperamento que geralmente eles tem.
Em seguida incite um debate perguntando: “como seria o mundo
se todos fôssemos iguais? E se pensássemos da mesma maneira, tivéssemos os
mesmos gostos, os mesmos sonhos, agíssemos totalmente iguais?” Mostre as
vantagens das pessoas serem diferentes pois isso traz diversas contribuições à
sociedade.
Através da conversa com os alunos procure conhecer os
sentimentos deles em relação à deficiência. Se conhecem alguém, como agem com
essa pessoa, o que pensam dela. Em seguida, aproveitando as deficiências
citadas, divida a turma em pares onde cada par irá vivenciar o tipo de
deficiência (auditiva, motora, visual ou múltipla) alternando a posição entre o
deficiente e o acompanhante. Algumas sugestões para cada deficiência:
Auditiva: assistir a um vídeo sem som. O que eles
aprendem?
Visual: explorar a sala de aula ou outro local da
escola de olhos vendados com a ajuda do colega.
Na fala: tentar passar uma mensagem ao colega através
de mímica.
Motora: brincadeiras como ovo na colher, corrida do
saco, nas quais o aluno estará com a perna ou o braço mobilizado.
Múltipla: associar dois ou mais tipos de deficiências
Depois dessa atividade deixe que os alunos expressem o que
sentiram, quais as dificuldades encontradas, se o colega ajudou ou atrapalhou,
se mudou algum sentimento depois dessa atividade.
Pesquise com os alunos pessoas que enfrentam na vida
situações devido à suas deficiências, como elas desenvolveram suas atividades e
superaram suas dificuldades. Finalize pedindo que ele faça um texto sobre o
tema: “Todos tem o direito de ser diferentes”
(Atividade sugerida pelo site Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de S. Paulo)
2 -Vamos desenhar?
Atividade para explorar a sensibilidade em crianças e jovens
na escola.
Os objetivos das atividades que envolvem jovens e crianças
devem ser de mudar uma realidade de exclusão e preconceito. Os educadores devem
trabalhar com calma, envolvendo os alunos e a família, pois o nível de
sensibilidade entre eles poderão interferir no processo. Em se tratando de
crianças muito pequenas, como são muito dependentes dos pais, é necessário que
em algumas atividades possa ter o envolvimento dos representantes
familiares para saber como lidam com o tema em casa.
Para ser feita em sala de aula ou pátio, com crianças em
torno de 11 anos, utilizando papéis, lápis coloridos, canetas, e outros. Divida
os alunos em grupos de 3 e escolha ou permita que cada um escolha uma
incapacidade, por exemplo: um não enxergar, outro não mexer o braço, outro não
ouvir.
Depois divida a turma: os de olhos vendados num canto, os de
braços presos em outro, o grupo de quem não pode ouvir em outro lugar. Oriente
ao grupo que não estará enxergando e os que tiverem os braços presos a
desenharem uma casa, rica em detalhes, explore a paisagem, com outros elementos
e reforcem que eles deverão desenhar tudo.
Por fim, oriente esse alunos a explicarem para o
terceiro do grupo o que ele deve desenhar. Pode ser por mímica, ou de
outra forma que eles acharem que pode ajudá-lo conseguir desenhar: sem deixar
de lado suas limitações escolhidas.
Em seguida reúna-os na formação do trio original onde 1
estará de olhos vendados, outro com o braço amarrado levemente e o terceiro com
os ouvidos tampados. Informe ao de ouvidos tampados que ele deverá desenhar o
que os colegas do trio pedir. Peça para que cada um faça um desenho rico em
detalhes e observe como eles se sairão: como orientam quem não ouve.
O Objetivo é promover o trabalho em equipe e a colaboração
apesar das diferenças. Depois da atividade reúna a turma e converse sobre o quê
eles sentiram, se foi difícil, se conseguiram ajudar ou ser ajudado. Para
concluir, o educador poderá levar um vídeo que trate dessas diferenças. (Atividade
sugerida na página Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho)
3 – Trabalhando com uma história
A história escolhida foi: “Cocoricó- Um amigo especial”.
Autora: Cristiane Pederiva, editoria Melhoramentos. Objetivo: discutir a
deficiência visual e os recursos de acessibilidade necessários para uma pessoa
cega, conhecer o sistema braile de leitura e escrita.
Antes de começar fazer perguntas que: despertem a
curiosidade das crianças, objetivam criar leitores críticos explorando as
informações do título e da capa, conhecer o contexto da história e conhecer os
personagens. Se houver alunos com deficiência visual na sala, o professor
precisa descrever as características de cada personagem, o que vestem, onde
estão. esse recurso é essencial para que as crianças entendam melhor a história
e o contexto.
Contar a história mostrando painéis táteis e ilustrativos.
Deixar que as crianças toquem os painéis, explorem e comentem. Fixar na lousa
após a exploração. Apresentar às crianças uma bengala, uma reglete com punção, papel mais grosso para ser usado
na reglete, alguns textos em braile: esses instrumentos são usados pelo
personagem cego na história.
Depois da leitura perguntar sobre os personagens e a
história, fazer perguntas para despertar nas crianças o respeito à diferença,
sobre o que cada um pode fazer para promover a inclusão na escola, como as
pessoas com essa deficiência assistem televisão e o que podemos fazer
para ajudá-las na rua.
Ensinando o alfabeto em braile: mostrar cartões com as
letras do alfabeto em braile, para que as crianças colem botões pretos nos
pontos marcados em negrito. Esses cartões ficarão expostos na sala. (Atividade
tirada da Cartilha de Atividades Inclusivas)
4 - Sentindo na pele
Essa atividade é referente à deficiência física. Os alunos
deverão trazer um par de meias grossas e uma camisa com botões. A turma deverá
ser dividida em pares. Um de cada vez, coloca as meias nas mãos e rapidamente
tenta vestir a camisa, abotoá-la e desabotoá-la e sentar-se na frente do outro.
Em seguida deverão trocar o material e repetir a experiência.
A intenção é mostrar aos alunos como é vivenciar uma
situação que acontece com pessoas que tem deficiência cerebral ao tentar
abotoar uma camisa. (Atividade sugerida no site Atividades Físicas na Educação Física Escolar)